sábado, 1 de maio de 2010

Desabafo

To na merda... posso dizer isso com toda franqueza...to de saco cheio de tudo...principalmente da minha vida que virou do avesso.
Não sei mais quem sou...onde vivo...se é que vivo...não sei mais onde está minha alegria, me olho no espelho e não vejo nada...mas nada mesmo, apenas alguém revoltada com a vida,com tudo que esta acontecendo.
Perdi tudo, minha paz, minha liberdade de ir e vir quando quero, fazer o que quero...tudo, me sinto atada, me sinto perdida sem saber o que fazer, quer dizer...só faço uma coisa, só choro e choro muito, é uma dor tão grande de não saber quem sou e o que esperar...
Minha mãe adoeceu e é tão difícil...dói...não durmo, não saio, a pessoa que eu tinha que achei que me amava sumiu, quer dizer não sei se sumiu, mas não ta aqui agora e estar com ele ou não pra ele tanto faz...é isso que mais dói...vc esperar de alguém o que não pode te dar e mesmo assim querer estar junto... Sempre tive medo da solidão e olha só...estou sozinha...pelo menos me sinto.
Abandonei meu emprego, por não aguentar mais a pressão, pensei que ia descansar aí veio a doença, agora o desamparo...eu não quero mais isso...chega....quero sumir...desaparecer...esquecer que tenho uma vida, abandonar tudo, não esperar mais seu telefonema, um gesto de carinho ou preocupação sua comigo....
Chega...chega de migalhar um carinho de querer estar perto e achar que estou encomodando...chega de ter sempre que pedir um beijo...pedir um abraço...pedir uma atenção....cheeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeegggggggggggggaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!

4 comentários:

FROILAM DE OLIVEIRA disse...

Todos sofremos, uns mais, outros menos. Especialmente, os poetas, mais sensíveis ante as vicissitudes, incluindo o mal que nos fazem. Há pouco, cheguei À conclusão que o inferno são os outros (como bem expressou Sartre). Não sei se vale a pena a experiência que adquirimos com o sofrimento... A ostra consegue formar uma pérola a partir de uma ferida. O que conseguimos nós? Mais uma vez, os poetas conseguem transformar a dor em poesia. Minha amiga, a escrita é catarse, é pérola que produzimos. Se a experiência vale alguma coisa, te digo para não te sentir vítima, objeto, mas readquira a condição de sujeito, não apenas do discurso poético, como das ações, dos fatos que poderão mudar a tua vida efetiva e afetivamente.
Bjos

FÊNIX - O SEGREDO DA FELICIDADE disse...

EU SOU
Quem sou?
Sou Fênix, sou efêmera
Sou dúvida, sou verdade
Sou cobiça, sou vaidade
Sou angústia, sou tristeza
Sou relâmpago, sou trovão
Sou coruja, sou leão
Sou alegria, sou beleza
Sou criança, sou alteza
Sou brinquedo, sou pião
Sou carência, sou presteza
Sou jogo, sou xadrez
Sou timidez, sou sordidez
Sou doce, sou amargo
Sou cargo, sou desencargo
Sou atitude, sou virtude
Sou sensível, sou possível
Sou indefinível, sou invencível!

Kátia Kassimatis

Verdade absoluta: Somos realmente quem queremos ser.

Beijos, força e luz!

Rcsa disse...

Adriana, espero que esteja num momento melhor. Cheguei até o seu blog pelos 12 sinais e quando li esse post me senti flagrada, como se alguém tivesse acabado de me entrevistar e postado sim o MEU desabafo, a semelhança foi tão absurda que eu tive que rir. Espero que não seja mais esse o seu momento, eu to vivendo TUDO igual, mas sobrevivendo e me organizando para novas e melhores escolhas, sem vitimismo. Mas interessante demais a semelhança. Abraço e luz!

neusa ferreira disse...

Incrivelmente tambem estou vivendo situação semelhante. Abandono, desamparo, solidão. Amor, família, filhos adultos, todos deixaram o barco. Sinto-me tambem à deriva. Contudo, há sim uma força que brota sem que tenhamos que busca-la, e aos poucos vai nos fortalecendo e nos recolocando com uma nova visão de volta à vida.
Somos mais semelhantes do que imaginamos. Grande abraço e PAZ!