sábado, 1 de março de 2008

Eis a noite...


Muda, nua e calada,
Isenta de sons e perfumes,
Como um sonho distante,
Como um dia sem amanhã…

Não há dor, nem prazer,
Simplesmente o silêncio dominador,
Ditador, sobre os seres e as coisas…

Não há desespero, nem esperança,
Simplesmente o nada em tudo,
Soberano sobre a imensidão do Universo…
Eis a noite…

Elegante dama, fugaz e mascarada,
Presente na ausência das horas,
No Carnaval de nossas almas anelantes,
Nos beijos invisíveis de nossos desejos
Acoitados, acalentados…

Não há hora, nem dimensão,
Simplesmente o verbo divino dos anjos,
Redentor, vibrando nos ouvidos e corações…
Não há perdão, nem esquecimento,
Simplesmente teu amor singelo e suave
Desvairando sobre os meus pensamentos
Banhados de luz…

Um comentário:

Jean-Pierre Barakat disse...

Olá Adriana!
Obrigado por me prestigiar no teu blog.
Um grande abraço
JP