sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Não podia dormir sem essa...


Ontem foi o primeiro dia do II Seminário Semestral de Educação e Letras da Unopar, tive a oportunidade e o prazer de assistir a duas palestras ministradas pelo Prof. Ms. Fernando Barroso Zanluchi. O tema da primeira palestra era “ O relacionamento Pais, Escola, Professores e Alunos, nessa palestra ele deixa bem claro a contribuição de cada um na educação do homem quanto ao seu desenvolvimento como ser humano. Mas a que mais me chamou a atenção foi o segundo tema abordado pelo mesmo. “A importância social do Professor”, anotei vários tópicos que achei importante destacar e falarei um pouco de cada um.
“ O ser humano é um animal social”, parece meio abusivo, mas se formos analisar com devido cuidado e respeito, chegamos a essa conclusão sem dúvida alguma. Quando nascemos, não temos noção alguma da vida que nos espera, somos criados por seres que nunca vimos, apesar de senti-los durante a gestação, e o que nos ensinam aprendemos sem questionar até determinado tempo as devidas regras a serem cumpridas. Conforme vamos crescendo e evoluindo aprendemos a viver em sociedade e a respeitar as regras vigentes nela, claro nem todos fazem isso, pois a nós foi dado a dádiva do livre-arbítrio, coisa que entre os animais não existe, mas sim o instinto de sobrevivência.
“Começamos a aprender quando nascemos e só paramos, quando damos o último suspiro.” A vida em si já é uma arte de ensinar e aprender, ninguém sozinho consegue “ser humano”. A nossa vida depende do aprendizado que tivemos desde o nosso nascimento, e coube a nossos pais a educação recebida por nós, ou seja, somos humanos porque convivemos com pessoas da mesma espécie, e a educação passa de geração para geração, tanto dentro da família, que tem papel primordial, como na escola na figura do professor. Muitas vezes o professor assume em sala de aula o papel de pai e mãe que o aluno não tem em casa, seja por falta de interesse dos mesmos ou pela correria diária em busca do sustento dos filhos. “O produto do trabalho do professor é humanizar o outro”, pois ele modifica a si mesmo e ao outro de maneira direta e indireta todos os dias enquanto ministra as suas aulas de Português, Matemática, Geografia, Ciências, etc, enquanto dá aos seus alunos um bom exemplo de cidadania e comportamento, pois não basta ensinar regras, temos também que saber usá-las. O professor não é perfeito, tem defeitos como todo ser humano, mas como um bom profissional sabe que não é preciso amar todos os alunos, mas sim respeitar a individualidade de cada um. Agora eu me pergunto, de que vale um professor formado saber de tudo isso, e ter a maior vontade de exercer sua profissão, na maioria vezes conquistada por meio de muito esforço e horas de dedicação, e não ter a oportunidade de aplicá-la? Fico me perguntando, como muitos colegas meus, porque o mercado não dá oportunidade de trabalho à pessoas que estão com os hormônios a mil cheios de idéias novas. Isso vale para qualquer profissão, médico, dentista, farmacêutico, administrador, etc. Terminamos uma faculdade, fizemos especialização, e o diabo a quatro, estudamos, nos preparamos, nos formamos mais uma vez e continuamos na mesma teoria: Para conseguir alguma coisa na vida, não basta ter estudo, conhecimento, experiência... tem que ter QI... “quem indique”.

Um comentário:

Anônimo disse...

Gostei muito do teu blog Adriana. Embora não nos conheçamos, você me pareceu bastante sincera e sensível.
Abraço.